A Viagem

Como podemos perceber nosso tema no Estudo do Meio

Durante os três dias de Estudo do Meio, hospedados no centro de São Paulo, exploramos diversos lugares da cidade totalmente desconhecidos por nós, entrando em contato com muitas realidades diferentes daquela presente na nossa rotina. Enquanto andávamos pelas ruas ou nos locomovendo de transporte público ou até mesmo pedindo informações, nos deparamos com várias profissões que estão presentes e atuam o tempo todo na cidade, mas em que poucas vezes reparamos.

Garis, ascensoristas de elevador, seguranças de museus e prédios, cobradores e motoristas de ônibus, porteiros e faxineiros, são algumas profissões entre muitas outras que passaram por nós, assim como sempre passam no nosso cotidianoPorém, algo mudou. Após a viagem, quando conversamos sobre os aspectos mais marcantes, percebemos que nós quatro passamos a olhar de outro jeito para esses trabalhadores. Como estávamos muito abertos a novas experiências e sensíveis aos detalhes da cidade, que passam despercebidos no nosso dia a dia, acabamos prestando mais atenção em tudo. Inclusive nessas profissões, o que seria a causa de problematizamos essa questão em nosso tema, já que não deveríamos perceber a existência delas de maneira “forçada” como aconteceu com o choque de realidade vivido por nós, e sim de forma natural em nossas vidas.

Um dos lugares visitado por nós foi São Mateus, que fica em uma região periférica (Zona Leste) de São Paulo. Nele vimos essencialmente seus lindos grafites, porém conseguimos perceber claramente a diferença de manutenção dessa região em comparação a regiões mais valorizadas da cidade, como Moema. Este bairro da Zona Sul apresenta limpeza regular, com a presença ativa de garis, lixeiros, entre outros órgãos de manutenção da cidade. São Mateus, no entanto, não apresenta tais atividades e isto é refletido em sua aparência, com ruas sujas, lixo exposto e falta de saneamento. A partir disso, percebe-se a importância do gari e outras profissões de limpeza da cidade.

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Bixiga

Outro local que nos fez repensar o conceito de invisibilidade (de maneira mais geral) foi a visita ao bairro do Bixiga. Ele é conhecido por quase todo mundo como “bairro italiano”. Como já foi dito em outros posts aqui no blog sobre o bairro, essa fama encobre outras culturas que também fazem parte da história da região e ainda estão extremamente presentes nela, como por exemplo a dos negros, o que se configura como um embranquecimento da sociedade. Ou seja, se prioriza uma certa cultura (a italiana) por ser mais valorizada e presente na vida da elite, ignorando outras que são tão importante quanto esta, mas que não possuem o mesmo “status”. Assim como acontece atualmente com as profissões no Brasil, valorizadas de acordo com o desenvolvimento intelectual, que levam a salários mais elevados, que são geralmente de acesso restrito a pessoas que já se enquadram nessa categoria de prestígio social. A partir disso, outros trabalhos que são essenciais para o funcionamento da cidade, mas que não se enquadram nesse recorte, são menosprezados pela população e na maioria das vezes, ignorados e tratados como inferiores.

IMG_8948Casa Mestre Ananias (Bixiga)

Então, a partir dessas experiências vividas nos três dias intensos de Móbile na Metrópole, podemos dizer que estamos ficando cada vez mais atentos a influência dessas profissões “invisíveis” que nos cercam o tempo todo. Ao compararmos bairros completamente diferentes de São Paulo, percebemos como é chocante a diferença que essas pessoas fazem na cidade com seus trabalhos, especialmente a figura do gari, que será uma das profissões protagonistas do nosso documentário. A viagem nos deixou mais propensos a reparar em detalhes que ignoramos em nossos cotidianos, por estarmos de certa forma alienados, vivendo “dentro da caverna”.

4º Dia de MNM (Sexta)

Nadine

Chegou o último dia de viagem, fechamos a mala e saímos do hotel. Todos os grupos foram para a Vila Maria Zélia, onde antigamente era uma vila operária (casa de operários em torno da fábrica que trabalham). Por isso ocorria um rígido controle da fábrica sobre esses funcionários. Fomos para assistir uma peça ao ar livre de um grupo de teatro que ocupa esse lugar que já foi completamente abandonado. Porém, devido a chuva, só conversamos com os artistas que contaram a história desse lugar e um pouco sobre as peças. O teatro colocou a Vila Maria Zélia em evidência, antes era esquecida/abandonada e hoje faz parte do patrimônio da cidade. Semanalmente, também passam outros artistas e grupos pelo espaço. Procuram desenvolver a função pública para manter o lugar.

Depois da conversa, nos reunimos nos grupos e a proposta era de cada um escolher um dos lugares que foram durante os três dias ou um novo lugar que simboliza o que foi a viagem e no final fazer um vídeo sobre a experiência. O meu grupo (6) escolheu ir para a Avenida Paulista, onde almoçamos em uma hamburgueria chamada Burger Join, andamos pela avenida e fomos em uma exposição na Japan House, que mostrava um pouco da cultura japonesa. Como nos dias anteriores conhecemos diversas culturas, costumes, religiões e pessoas novas, resolvemos conhecer mais! Na Paulista, nos despedimos do Wilton, professor que nos acompanhou, porque ele não poderia ir com a gente para o último lugar do dia.

Logo em seguida, fomos encontrar os outros grupos no MAC (Museu de Arte contemporânea) dentro do Parque Ibirapuera. Antes fizemos a última roda, em que contamos o que mais nos tocou na viagem (assim como fizemos nos outros dias). Depois, todos os grupos se reuniram em uma sala para realizarmos um fechamento. Uma pessoa de cada grupo contou o que seus roteiros fizeram naquela tarde. Dois membros do Barbatuques (grupo responsável pela atividade “surpresa” da quarta feira) fizeram uma atividade com todo mundo junto o que foi muito legal! E por último, os professores agradeceram e fizeram as últimas falas sobre o Móbile na Metrópole.

Momento mais marcante: Esse ultimo dia foi muito especial para mim, não queria que acabasse nunca! No final do dia, quando todos os grupos estavam reunidos no MAC e dois membros do Barbatuques chegaram e fizeram uma atividade com todos os alunos ao mesmo tempo, foi um momento muito significativo para mim. Senti uma união do segundo ano, todo mundo tava na mesmo sintonia, independente das relações entre as pessoas. Por alguns instantes, esqueci de tudo e curti o som produzido pelo coletivo.

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Ana

O quarto dia de viagem foi sem dúvida um dia em que tudo que podia dar errado, deu, mas ainda sim foi super divertido e rendeu várias histórias.

Primeiramente fiz a mala, tomei café e despachei a mesma para ser levada para a escola. Após isto ,eu e meu grupo, saímos e fomos de ônibus em direção a uma ocupação cultural de teatro, na Vila Maria Zélia, onde antigamente existia uma fábrica e casas de operários. Nós e todos os outros grupos íamos ver uma peça de teatro ao ar livre , mas… e lá vem o primeiro desvio… choveu e não foi possível se fazer a apresentação. Em vez disso, os artistas responsáveis pelo local, improvisaram um tipo de palestra, que sinceramente na minha opinião foi tedioso e deu muitooo sono, acho que por não estarem preparados para aquilo acabou faltando conteúdo.

Logo tivemos a surpresa de escolher o que iríamos fazer em seguida, ou seja, onde da cidade visitaríamos e o que faríamos nesse local. Teríamos que fazer um vídeo sobre essa visita escolhida por nós e explicar sua relevância. Demoramos para escolher devido o curto tempo que tínhamos para fazer a atividade, deveria ser um local a que não demorasse muito tempo para a chegada. Escolhemos e pegamos um dos dois transportes públicos para o local. Porém como disse choveu e demorou muito mais que o esperado para chegar apenas no primeiro destino, então percebemos que ir ao local inicialmente escolhido seria inviável.

Estávamos com muita fome então paramos para comer em um tipo de PF, super barato e gostoso nas proximidades. Saímos de lá sabendo que tínhamos que ir em um local próximo á onde estávamos, então fomos a Galeria do Rock. Lá sentamos no chão do segundo andar para decidir o que iríamos fazer, não tínhamos nada em mente. Prestes a desistir , um homem sai de uma loja e nos explica o porquê de ser proibido de ser proibido sentar no chão de um espaço privado, porém coletivo entre as lojas, como aquele. Foi como um sinal do destino, entrevistamos o mesmo e fizemos deste o tema, o coletivo dentro de um espaço privado.PS :. O mesmo homem disse que era um vampiro e tipo com muita certeza, será que era mesmo?

Nós então fomos ao parque tivemos uma discussão final entre nós do mesmo grupo de viagem e então entre todos . E assim foi o final da viagem do MNM , que foi incrível como um todo , até nos momentos não tão bons!!!

O momento mais marcante do dia foi o do almoço o que pode parecer meio ruim, mas a comida foi muito boa , nunca vou esquecer do lugar e vou voltar c certeza absoluta !!! Além disso fiquei conversando com uma das minhas melhores amigas o que foi bem legal .

Lucas

Esse dia foi com certeza o melhor. De manhã fomos de transporte público até uma vila que foi muito utilizada por operarios das industrias de São Paulo em meados do seculo 19 e 20, mas hoje em dia caiu em desuso. O objetivo dessa visita era conhecer a vila e assistir a uma apresentação teatral, o que nao ocorreu por causa da chuva. Apesar de tudo, tivemos uma boa conversa com os diretores desse teatro.

Esse dia foi o melhor porque tivemos um roteiro livre, ou seja, nao estávamos predestinados a ir à algum lugar. Meu grupo quis almocar em um restaurante chinês o bairro da Liberdade, logo após a conversa na vila. Ps: recomendo muito restaurantes chinesas nesse bairro. Então meu grupo quis ir a um templo budista, para recuperar a visita perdida da mesquita no dia anterior. O na verdade nao ocorreu devido ao tempo, que seria muito curto e não seria produtiva a visita. No entando, fomos à igreja matriz da praça da sé, a Catedral da Sé.

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Um lugar absolutamente incrível, mas devido ao curto periodo de tempo, fomos logo embora, para um centro espirita, onde tivemos uma aula sobre a religião. Eu, por ser uma pessoa religiosa, gosto muito desses passeios.

Logo fomos para o encerramento do estudo do meio, no parque ibirapuera, onde recebemos um discurso muito emocionante de nossos professores e a cima de tudo lideres e por fim uma apresentacao do grupi que faz musica sem instrumentos, visto no primeiro dia de viagem. Esse foi o melhor momento do dia, outra vez, todo o ano como um só.

Bruno

No último dia as programações desandaram um pouco por causa da chuva que fez com que um teatro não pudesse ser assistido na vila Maria Zélia pelo fato de que a peça era ao ar livre. Conversamos com os artistas da peça sobre como eles começaram, as histórias de suas vidas e como seria a peça. Depois da conversa, a chuva continuava forte, então os professores tiveram que improvisar uma atividade, já que a surpresa que eles organizaram seria ao ar livre. A atividade foi cada grupo pensar e ir para um lugar que representasse o grupo.

Particularmente, eu tinha um compromisso familiar e não pude ficar, mas meu grupo, por adotar uma brincadeira, ficou no metrô com placas fazendo com que desconhecidos parassem e conversassem com com alunos por 5 minutos, nesse tempo os estudantes faziam piadas é brincadeiras com as pessoas para entreterem elas.

Momento mais marcante:  O momento mais marcante para mim, por ter sido um dia com menos atividade foi a fala dos artistas no começo do dia, mas se eu tivesse ficado o resto do dia, acho que seria a atividade no metrô por ser engraçada e divertida.

3º Dia de MNM (Quinta)

Nadine

Na quinta-feira, passamos o dia visitando lugares dos bairros Bixiga e Braz.

A primeira parada do dia foi a Casa Mestre Ananias. Fomos recebidos pelo Minhoca, que nos contou muito sobre a história do bairro e nos fez pensar sobre as ondas de imigração e consequentemente, no processo de miscigenação daquela região (e do Brasil). Segundo Minhoca, quando o Bixiga é visto somente como um bairro italiana, seria um modo de “embranquecimento” da população, já que ignoramos todas as outras culturas que compõem aquele lugar (indígenas, jesuítas, negros, ingleses). Existem vários discursos e narrativas na cidade. A Capoeira nasce dessa noção de não embranquecimento, para não tirar sua força e identidade. Minhoca e sua equipe nos mostrou um pouco da Capoeira, afinando o berimbau, mostrando as músicas e os movimentos. Além disso, nos ensinaram a fazer paçoca com o pilão e cantando músicas para ditar o ritmo de trabalho. Ele também nos contou sobre seu mestre, Ananias, que foi quem lhe desde jovem, ensinou tudo que sabe. Essa visita foi realmente extraordinária!!!

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Depois fomos para a Igreja Nossa Senhora da Achiropita, onde conversamos com o Padre, que nos contou um pouco sua visão sobre o bairro. Ele também falou da obras sociais da igreja como centro educativo,creche, casa terapêutica para toxicodependentes em Campos do Jordão e sobre a parceria com a prefeitura e os eventos que ocorrem durante o ano.

Almoçamos em um restaurante peruano, que foi uma oportunidade para conhecer comidas diferentes dessa cultura.

Logo em seguida, fomos ao Braz de metrô e andamos até uma Mesquita para conhecer um pouco mais da religião islâmica. A caminhada pelo bairro foi extremamente interessante, pois vimos como o comércio daquele bairro funciona e ouvimos várias línguas diferentes. Percebendo a mistura de nacionalidade presente naquele lugar. Ao chegar na Mesquita, eu e as outras meninas colocamos lenços na cabeça e todos tiraram os sapatos. Fomos recebidos por um Sheik e um tradutor islâmico. Eles não nos contaram muito sobre a religião nem responderam muito bem nossas perguntas, então diminuímos a visita e saímos mais cedo.

Para compensar esse ultimo lugar, o próximo foi espetacular! No final do dia, visitamos o Centro de Referencia e Defesa da Diversidade, que foi criado em 2008, devido a uma demanda da população LGBT. Esse lugar abraça a causa da diversidade e trata de questões de saúde (como HIV) e de gênero. Bruna e Thaís (duas mulheres transexuais) nos receberam super bem, nos contaram histórias pessoais, responderam todas as nossas dúvidas e nos fizeram repensar algumas coisas.

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/noticias/?p=175918

Voltamos para o hotel e a noite todos os grupos foram para um espaço próximo fazer um Sarau. Tantos os alunos, quanto os professores apresentaram músicas e poemas muito legais!
Momento mais marcante: A quinta-feira foi um dia bastante interessante, conhecemos pessoas novas, culturas diferentes e cenários muito contrastantes. Foi muito difícil escolher um ponto alto do dia, mas acho que o que mais me tocou foi a conversa no Centro de Referencia e Defesa da Diversidade. Me chamou muito a atenção as histórias das mulheres que nos receberam, o modo como elas nos apontaram o preconceitos presentes na sociedade (os quais elas vivem diariamente) e como elas foram abertas a responderem todas as nossas dúvidas.

Ana

O terceiro dia de projeto para mim foi o mais cansativo, pois nós fomos até São Mateus, foi uma viagem de umas duas horas aproximadamente de transporte público. Lá conhecemos um projeto que incentiva a educação social do local em relação a arte. O responsável pelo projeto fez um tour pelo local conosco, nos mostrou: grafites que os mesmos fazem, a condição de vida em que se apresentam e um aterro de lixo e esgoto a céu aberto – que foi bem difícil de ver por estarmos no século XXI e este tipo de coisa ainda ocorrer. Ao final da visita vimos : um artista, o Tinho, fazer um grafite lindo no portão de seu vizinho da frente e uma recitação de rap.

Depois disso fomos a uma galeria de arte que tinha por objetivo fazer exposições de grafiteiros e vender este tipo de obras. Vimos o local e todos seus cômodos e obras. Tive uma conversa com o proprietário que me explicou muito sobre a carreira de um artista e como fazer para ter uma exposição.

Logo fomos a uma ocupação de um prédio, em um local próximo a biblioteca municipal. Lá vimos como eram os quartos dos participantes e como funcionava a vivência lá dentro. Esta foi com certeza a visita mais marcante do meu dia, pois desbancou vários preconceitos existentes sobre esses locais e mostrou a realidade de várias pessoas que precisam dessas instalações para sua sobrevivência.

Então voltamos ao hotel, jantamos, e tivemos um sarau e uma comemoração aos aniversariantes da semana da viagem. Foram todas atividades super legais e tornaram a viagem ainda mais marcante!!

Lucas

No terceiro dia nós fomos para um parque perto do Tietê, o Parque da Juventude visitar um Museu de uma prisão chamada de prisão carandiru, aonde ocorreu o massacre do Pavilhão nove, 111 detentos morreram. Esse museu é o Museu Penitenciário Paulista, dedicado à história do sistema penitenciário do estado de São Paulo.

Nesse museu além de visitarmos fotos e armas achadas pela perícia dentro do presídio, tivemos uma palestra com um ex presidiário sobrevivente do massacre do Pavilhão nove. Ele contou sua história e criticou a falta de assistência do estado no retorno do presidiário à sociedade. Disse que depois de sair do sistema é muito fácil de um traficante de drogas abrir as portas para essa pessoa ao invés de uma empresa, ou seja, O estado não assiste na volta desse presidiário para a sociedade, e além disso, nem as empresas privadas nem estaduais contratam ex presidiários. Uma das únicas formas e de ganhar dinheiro e voltar para a vida de crimes.

O que é muito triste é que em uma imagem cheia de pessoas, muitas deduzem qual é o palestrante, isto é, o ex presidiário.

Essa manhã foi a hora mais marcante deste dia porque me fez pensar na dificuldade que um ex detento passar para tentar voltar à sociedade. E me fez perceber o porquê de muitos ex presidiários voltarem para a vida de crimes e consequentemente, se forem pegos, voltarem para prisão. Não é a eles que devemos culpar, é necessário pensar em nós mesmos e em como deveríamos ajudar em sua reintegração.

O restante do dia se resumiu em uma grande demora no almoco, uma chuva que aumentou o trânsito, uma tentativa de ir em uma mesquita fracassada, porque o xeique foi extremamente grosso com o grupo anterior e muito transporte publico, foi possível vivenciar o que uma pessoa, um trabalhador, normalmente vive nas idas e vindas, no corre-corre diário, a realidade dos transportes públicos, metrô, ônibus etc.

Desde o almoço demorado, muitas horas foram gastas, e chegamos a Redbull Station somente a noite. Lá recebemos uma palestra de como funciona aquele lugar, é o único estúdio, da Redbull, de música na América Latina. São também promovidos eventos culturais em que a população participa; Como por exemplo uma batalha de rap entre os participantes, as pessoas, recebem um tema e têm pouco tempo para rimar.

Para finalizar o dia com chave de ouro, nossa escola promoveu um sarau, em que os estudantes pudessem tocar e cantar livremente, muitas vezes com ajuda da plateia, que também eram estudantes. Foi um momento muito emotivo porque foi lá que percebi que nunca mais teria essa experiência em minha vida, foi uma oportunidade única e inesquecível em que todos os meus amigos e amigas estavam todos juntos, ouvindo a mesma música, cantando juntos e se divertindo. São poucos esses momentos, mas realmente sao memoráveis.

Bruno

Tivemos que acordar às 7 da manhã para conseguir ficar pronto com o café tomado as 7:30, neste dia a gente passou o dia inteiro andando de bicicleta. Nos organizamos na garagem do hotel e fomos até pinheiros pedalando onde almoçamos em um restaurante chamado Pitico. O restaurante tinha uma cozinha árabe com alguns petiscos tradicionais como por exemplo batata frita. Para infelicidade de uns e alegria dos cansados, começou a chover, o que impossibilitou a passeio de bicicleta. Com o mau tempo fomos andando até o Aro 27, um lugar em pinheiros onde a bicicleta é bastante valorizada. Entramos em um estabelecimento em que mistura uma venda de equipamentos para bicicletas e cafés. Conversamos com o dono da loja a respeito do começo da loja e o porquê de ter tal estilo de misturar café com bicicletas.

Simultaneamente quando a conversa acabou, a chuva terminou, então voltamos andando até Pitico, pegamos as bicicletas e fomos até o hotel pedalando. Chegando lá, após uma reflexão do dia, fomos jantar e tomar banho para estarmos prontos as 20:15 no saguão do hotel para o sarau que teve, onde os alunos e professores tocavam e cantavam para os outros. Quando o sarau acabou nos dirigimos para o hotel e comemoramos o aniversário de dois alunos que estavam fazer aniversário naquela semana e depois fomos dormir.

Momento mais marcante: o momento mais marcante foi a reflexão do dia quando chegamos no hotel, pois um dos adultos que nos acompanhou no caminho contou a história da sua vida que comoveu todos que estavam ali, resumidamente ele na adolescência se envolvia com drogas e era gerente de drogas na Cracolandia onde levou um tirou que atravessou sua orelha e saiu pela bochecha do outro lado, foi preso e levado para Mato Grosso onde cumpriu sua pena. Saindo da cadeia ele estava desempregado, resolveu trabalhar sendo entregador de McDonalds, quando descobriram seu passado foi demitido. Teve uma época em que as propostas de voltar ao tráfico de drogas voltaram, mas não era isso que ele queria mais. Montou uma agência de bicicleta, é hoje tem renome mundial e tem um filho. O desejo do adulto é que seu filho enxergue o pai como uma pessoa que ajuda e ensina as pessoas a andarem de bicicleta e que tenha orgulho disso.

2º Dia de MNM (Quarta)

Nadine

Na quarta-feira começou de verdade a viagem. Chegamos na escola de manhãzinha, despachamos as malas e encontramos nossos grupos.

De ônibus, fomos de Moema para o bairro de Pinheiros, onde passamos a maior parte do nosso dia. A primeira parada foi no Aro 27, em que o dono nos contou a história desse lugar que é considerado um dos 10 melhores cafés de São Paulo pela Folha. É um espaço voltado para ciclistas, mesmo que grande parte do público não ande de bike. Além de café, também é uma oficina de manutenção de bicicletas. Eu gostei muito desse lugar, porque ele promove o encontro de ciclistas, tem uma decoração super legal com esse tema e um cheirinho delicioso hahaha. Aqui está a página do Facebook: https://www.facebook.com/aro27bikecafe/

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Depois, ainda no bairro de Pinheiros, fomos visitar um conjunto de casas: House of Food, House of Bubbles, House of Learning e House of Working. Cada uma delas possui uma função diferente, porém todas tem como objetivo a ideia de compartilhar. A House of food é a primeira cozinha compartilhada do mundo, que funciona como um restaurante, que muda o chef e o cardápio todos os dias e recebe um público jovem alternativo. A House of Bubbles é uma lavanderia self-service, em que você pode esperar sua roupa ficar pronta em um bar, além de ter um espaço de aluguel de roupa (guarda roupa compartilhado). A House of Learning tem como intuito compartilhar conhecimento com o aluguel de salas que podem ser usadas para dar aulas/workshops/palestras. E por último, a House of Working é um lugar para compartilhar o ambiente de trabalho, em que você pode alugar um espaço por um período de tempo para utilizá-lo e consequentemente acabar criando novas parcerias e contatos ao conhecer sempre novas pessoas. Todas as casas possuem um ambiente super descolado e ótimas ideias.

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Em seguida, fomos de Metrô para o Largo da Batata, no caminho para o Instituto Tomie Ohtake, fomos parados por um homem chamado André, que fez uma atividade com a gente. Em roda, brincamos de fazer barulhos com nossas bocas e corpos, batucando todos juntos, cada um do seu jeito e criando uma sintonia. No começo achamos que aquilo foi por acaso, o que, eu acho, que nos deixou muito mais soltos e dispostos a realizar a atividade de forma muito mais aberta no meio da praça.

Logo depois, chegamos no Instituto Tomie Ohtake para ver a exposição da artista Yoko Ono. No começo, achei que ia ser super normal e igual aos museus que sempre vamos com a escola. Mas foi totalmente diferente! A exposição era toda interativa e você fazia parte dela de alguma forma. As obras me fizeram parar para pensar sobre coisas de um jeito muito peculiar que me deixou impressionada.

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Fomos almoçar em um restaurante vegetariano chamado Goa. Quando nos falaram que esse seria o lugar onde iríamos almoçar, ficamos com um pé atrás, mas no final, gostamos bastante dele e comemos muito bem. Foi uma experiência nova e surpreendente.

Após o almoço, fomos para o Coletivo Digital que é uma ONG que ajuda disseminar a cultura digital e também é uma casa adaptada para ser um centro cultural (espaço para shows, gravações, cursos, debates, etc). Ocorre a divulgação de músicos não muito conhecidos (todo último sábado do mês tem um show de uma banda). Site:www.coletivodigital.com.br

No final da tarde, o artista João Galera nos recebeu na sua casa para contar sua história e mostrar o seu trabalho para nós. Ele nasceu no Paraná, veio de uma família de artistas e desenhava desde pequeno. Estudou agronomia e antropologia, morou em outros países e depois veio para Sao Paulo viver como artista. Seu principal projeto chama “Antes que acabe”, em que ele desenha casas anônimas de alguns bairros da cidade, principalmente de Pinheiros (o que foi muito interessante para nós, já que vimos muitas dessas casas), que fazem parte da história e tradição deles. Ao longo do tempo, essas casinhas estão sofrendo grandes transformações ou até mesmo desaparecendo, então seria um projeto de resistência e memória.

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Fomos de metrô para o centro, fazer nossa última visita do dia, que seria em uma ocupação. Porém, chegamos muito atrasados e não conseguimos ser recebidos. Então, fomos para o hotel.

Depois do jantar, todos os grupos foram para a Praça Roosevelt para realizarmos as oficinas noturnas. Eu fiz a oficina de break e foi uma experiência incrível!
Momento mais marcante: Nesse dia fizemos uma série de atividades muito legais, mas acho que o que mais me marcou foi a exposição da Yoko Ono no Instituto Tomie Ohtake. Foi nesse momento, que senti que meu grupo começava a se conhecer melhor, explorando todos juntos as obras interativas. Além disso, achei a exposição muito diferente de todas as outras que já fui e as mensagens passadas pelas obras me marcaram muito, pois me fizeram refletir sobre diversos aspectos pessoais e coletivos.

Ana

No segundo dia de MNM, 17 de Maio, que se inicia de fato a viagem. Comecei o dia indo para a escola, às seis e trinta, despachei a minha mala para ser levada ao hotel e começa então o percurso do meu roteiro, o que tem por título ‘Bom Retiro’, com o meu grupo.

Inicialmente fomos ao parque e fizemos um ensaio de meditação , que foi super relaxante. Por causa deste estávamos deitados e prestes a abrir os olhos quando chegou um homem, que do nada começa a fazer música com seu corpo. Achei que ele era louco no começo, mas este era um integrante do grupo Barbatuques, que produz música com apenas o corpo. O homem nos ensinou a fazer diferentes sons com nossas mãos e então ao final da atividade fez um discurso sobre o sentimento de segurança  de cada um, a partir de uma de suas atividades que achei especialmente marcante.

Daí fomos ao museu de recordação da ditadura no Brasil, que humanizou o que para mim era um fato teórico, eu sabia de tudo historicamente falando, porém ouvir os relatos de pessoas de foram encarceradas e ver o que ocorreu e como com mais detalhes, me fez perceber como esta parte da historia eh escondida na sociedade e como o sofrimento dessas pessoas foi mais de perto, não apenas adjetivado, mas descrito com detalhes, o que torna na minha opinião desumano alguém querer a volta desses tempos.

Logo pegamos um ônibus e fomos a uma ocupação cultural, mais especificamente um teatro, que tem por nome Mungunzá. Nesta fizemos um tour pela instalação, em que um dos criadores do local nos explicou como tudo aquilo foi possível e o desejo da integração de todos naquele espaço, esta visita foi com certeza a mais marcante, pois me apaixonei pelo local e suas aspirações sociais e artísticas.

Depois visitamos a São Paulo Companhia de Dança, centro cultural de ballet clássico financiado pelo Estado. Lá tivemos uma palestra com a diretora do local, vimos um ensaio dos bailarinos, uma sessão de fotos e um documentário sobre o local. Fiquei perplexa com o talento dos dançarinos e aprendi a gostar mais de balé clássico. Depois de lá fomos a um local desenvolvido após o nazismo, para ajudar os judeus, mas agora era um local que tinha como foco a moda e costura.

Aproximadamente às 19 horas chegamos ao hotel , tivemos uma discussão sobre o dia, jantamos e fomos para a atividade da noite. A minha no caso era uma oficina de criação de adesivos, que gostei muito, pois adoro tudo que tem a ver com arte e também nos grafitamos nós mesmos (adesivos) para estilizá-los, o que adorei fazer! Ao final desta atividade voltamos ao hotel e dormimos e esse foi o final do dia.

 Lucas

Oi galera!!! Eu vou contar pra vocês como foi meu segundo dia de estudo do meio. Nosso ano foi dividido em 8 grupos, cada grupo tinha um roteiro para ser feito no dia, o meu grupo teria que andar por São Paulo de bicicleta. Eu acordei por volta das 6:00 e fui para a escola, tínhamos que entregar a bagagem para que esta fosse para o hotel (no centro de SP). Por lá fiquei até que as bicicletas e os guias chegassem, o que aconteceu por volta das 8:00. Tivemos uma breve explicação de como nos comportar nas ciclovias perante os perigos de carros, motos, outros ciclistas etc. e partiu bike!

Nosso percurso foi desde a escola Móbile, na Diogo Jácome, até o parque Vila Lobos, passando por toda Avenida Hélio Pelegrino e Faria Lima. Eu, particularmente, já ando regularmente de bicicleta e já sou muito familiarizado com o percurso, não foi um problema esse começo. Mas para outras pessoas do meu grupo foi, porque parávamos muitas vezes para esperar o restante do grupo, o que tornou o passeio travado e pra mim isso deixou-o mais chato, já que estou acostumado a não parar, ir rápido etc. apesar disso, eu gostei bastante desse dia.

Chegando no parque fomos para uma cafeteria, lanchamos e descansamos por um tempo. Depois, nós ficamos ao ar livre, conversando sobre o que sentimos nesse primeiro momento em que andamos de bike, até que, inesperadamente, um homem surge e pergunta se pode nos ensinar a fazer música sem instrumentos, somente com nosso corpo. Isso foi muito legal porque, nosso professor não nos avisou, ou seja, ele sabia que o homem daria uma aula, então foi uma surpresa. Isso me tocou bastante porque eu percebi o quão importante é de se conectar com pessoas que não conhecemos, pois podemos ter experiências incríveis como o que eu tive nesse dia. O homem realmente me surpreendeu com seus sons “naturais”, e além dessa apresentação, houve outra no último dia, muito emocionante, mas chegaremos lá.

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Antes de almoçar, o grupo passou em um loja/restaurante chamada Aro 27, localizada em Pinheiros. Nesse lugar é vendido desde lanches até bicicletas. Nesse mesmo lugar tivemos uma breve conversa com o dono, dizia que grande parte de seus clientes não eram ciclistas, mas seus lugar era especialmente focado nesse tipo de clientela, tinham lugares para guardar a bike, duchas, etc.
Era hora do almoço, fomos para um restaurante tailandês em no mesmo bairro. Tinha uma entrada exótica e um prato principal mais ainda, a entrada era arroz em macarrão, delicioso, e o prato um peixe grelhado. Realmente impossível de resistir, aqui está uma foto: (sim, há um peixe embaixo disso).

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Depois do almoço, nosso grupo foi lá pra Vila Madalena, visitar o Beco do Batman. De fato não há intervenção mais bonita do que aquela.

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Depois disso, fomos direto para o centro de São Paulo, onde ficamos o final de tarde e a noite. Nesse meio tempo, nosso guia de turismo contou sua história, que foi o momento mais marcante desse dia pra mim (e vou comentar disso a seguir). Fomos ao hotel, jantamos e fomos para uma oficina de parkour. Essa oficina nada mais era do que um treino e uma diversão, outro ponto alto do meu dia. E foi assim que terminou o primeiro dia de viagem, como um dia grande, produtivo, cansativo e acima de tudo, maravilhoso.

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Momento mais marcante: Como eu já falei, nosso guia contou um pouco de sua história para nós, e vou repassar para vocês.
Ele, desde seus 15 anos se envolvia com drogas porque era o único exemplo de como ser bem sucedido onde morava (favela), os poucos estudiosos que nasciam lá, logo mudavam de lugar, deixando assim os únicos donos de carros grandes e elegantes, os traficantes e assaltantes. Nosso guia chamado Fagner nasceu e cresceu nessa situação. Então logo cedo se envolveu com o crime, e pouco mais tarde foi preso por porte de armas e tráfico de drogas. Ficou encarcerado por 4 anos e na saída, como ele mesmo disse, seria muito fácil retomar a vida do crime, mas a força do querer que ele tinha era maior. Ele foi atrás de empregos como motoboy, vendedor do mc donalds, que não precisam de estudo nem especializações, mas mesmo assim não foi aceito devido à sua ficha criminal. Então ele lembrou do que sua mãe falava, de estudar para ser alguém na vida. E foi o que fez,começou a estudar e se tornou guia.
Essa história me chocou muito porque temos uma visão muito errada de nossa sociedade, ele por ser um guia, branco, olhos claros, cabelo claro, ninguém imaginaria

Bruno

Os alunos da escola móbile chegaram na escola as 6:30 da manhã e colocaram as malas em um ônibus que foi direto para o hotel. Após todos os alunos chegarem cada grupo foi para um lugar de São Paulo, o meu grupo foi ao auditório do parque ibirapuera fazer uma meditação para começar os dias do estudo do meio. Enquanto estávamos discutindo sobre a meditação uma mulher interrompeu e começou a fazer barbatuques, que é um estilo de dança em que o artista faz barulhos com o próprio corpo. Após a dança, descobrirmos que já estava planejado pela nossa professora que tinha chamada a artista chamada Luísa para ensinar os integrantes do grupo.

Depois da atividade no parque, fomos até o edifício Copan de ônibus e subimos ele já que tínhamos hora marcada, apreciamos à vista de São Paulo e depois descemos e nos dirigimos até o bairro da luz para visitar o Crai, que é um centro para acolhidos, sem poder usar celulares para nos guiar. Para chegar lá, pegamos um ônibus na frente do parque e fomos até o bairro e lá fomos andando até o centro de acolhimento. Fomos direcionados até um dos sócios que se chamava Mauro, ele explicou que eles não são portas abertas, ou seja, não é todo mundo que pode entrar, precisa de uma pré autorização que pode ser obtida em um lugar que o morador de rua específica seu caso e conta o que ocorreu com ele.

Depois, fomos comer no palacete Tereza, a comida lá é feita por cozinheiros na sua frente, o que foi uma experiência nova e única. Após o almoço conversamos com o dono do restaurante chamado Rubens, ele contou sobre a história do restaurante e discutimos sobre o jeito do lugar de fazer a comida na frente dos clientes. Acabada a conversa fomos a um café chamado preto café, esse estabelecimento tem um novo jeito de vender que é a omissão do preço dos produtos e o cliente paga o quanto ele achar justo, o que causa um desconforto por parte da clientela de não saber quanto pagar. Depois dos aperitivos, conversamos com um dos sócios chamado Maurício de como eles começaram, se esse novo jeito de venda dá prejuízo e o porquê de ser desse jeito. E então iríamos para a Red Bull station mas como o tempo estava apertado, o grupo decidiu não ir para poder fazer uma reflexão elaborada do dia.

Após a discussão, voltamos para o hotel, jantamos, e a noite teve várias atividades: parkour, break (estilo de dança) e sticker (grafite), nessas atividades, os grupos que estavam passeando de dia não eram mais o mesmo. Depois de aprender a pular, escalar e cair, os alunos voltaram para o hotel e foram dormir.

Momento mais marcante: O momento mais marcante desse dia foi o almoço, pois eu sou muito fresco com comida e ao ver pessoas montando meu prato com ingredientes que eu nem sabia o nome, já tinha um receio de não gostar da comida, entretanto foi uma das melhores comidas que eu já comi.

1º Dia de MNM (Terça)

Nadine

Enfim chegou o tão esperado dia!!! Hoje foi o primeiro dia (teste) do Móbile na Metrópole! Mesmo sendo só uma manhã, a atividade de hoje me deixou ainda mais animada e ansiosa para os próximos dias. Todos os roteiros foram assistir juntos à um documentário no Museu da Imagem e do Som (MIS).

Chegamos cedo na escola (como sempre), mas cada um foi para a sala de seu respectivo roteiro esperar para sair com cada um dos professores. O responsável pelo meu grupo (roteiro 6) é o Wilton (diretor da escola). Nos reunimos junto a ele no refeitório, onde ele fez uma pequena introdução do que acontecerá nessa semana, passou algumas instruções e conversamos sobre qual é a coisa que cada um mais gosta de fazer. Por fim, decidimos como iriamos para o MIS. Depois de algumas ideias e sugestões, escolhemos ir a pé. O caminho parecia logo no começo, mas no final das contas passou muito rápido! Durante o caminho fomos conversando entre nós e com o Wilton e nos conhecendo um pouco melhor. O que me surpreendeu no meu grupo, foi que ele é composto por muito mais meninos que meninas.

Chegamos ao MIS e logo em seguida entramos no auditório para assistir o documentário “(R)evoluções Invisíveis”. Ele trata de iniciativas sociais e coletivas que surgem por todo o mundo, que testam alternativas para fugir do contexto atual, em que tudo é muito acelerado e frenético. Eu achei o documentário muito legal e interessante, porque nele são apresentados muitos exemplos concretos de ações que trazem vários benefícios para populações de muitos lugares diferentes. Após o filme, fizemos uma discussão com os professores, que no meu caso, ajudou muito a compreender e resgatar alguns aspectos do filme que eu não tinha entendido muito bem ou que passaram despercebidos. Depois disso, meu grupo decidiu novamente voltar a pé para a escola.

Acho que o momento mais marcante do dia, foi todo o trajeto que percorri a pé com o meu grupo, da Móbile até o MIS. Durante o caminho, percebi que ali começava de verdade a aventura. Fui sentindo a cidade conforme andávamos e eu achei bastante interessante essa experiência! Espero fazer muitas vezes isso ao longo desses três próximos dias.

Ana

As excursões do Móbile na Metrópole começaram neste dia, 16 de Maio, em que todos nós , participantes do respectivo projeto, fomos ao MIS , Museu da Imagem e do Som, assistir a  um documentário chamado “(R)evoluções Invisíveis” , que retrata basicamente como mobilizações sociais e coletivas podem fazer a diferença em uma sociedade. Este demonstra este aspecto através de exemplos concretos, o que achei muito positivo, pois facilita a compreensão do que está sendo dito, mas confesso que pelo fato do documentário ser em francês me perdi em alguns momentos, por ter que ler a legenda, o que não faço muito por ser fluente em inglês e a grande maioria dos filmes ser nessa língua.

Antes de chegarmos ao museu nos encontramos na escola cada um em seu grupo de viagem com mais vinte pessoas. Juntos escolhemos como iríamos até o MIS, o meio de transporte. Escolhemos ir de ônibus, fomos a estação mais próxima com um que ia na direção a que iriamos, pegamos o mesmo e quando chegamos a seu destino pegamos outro ônibus ao em vez de andar, por uma das integrantes do meu grupo estar com o pé machucado. Na volta à escola fizemos a mesma coisa, com exceção que andamos até a destino do primeiro ônibus que pegamos na ida. 

O dia me trouxe muitos ensinamentos teóricos por parte do documentário e práticos pelo uso do ônibus como meio de transporte. Este último foi o que mais me marcou no dia, pois a ultima  vez que havia andado fora a 5 anos e com minha avó , então pude ver como realmente era pegar um ônibus que como é um meio interessante e prático na locomoção pela cidade.

Lucas

Eai galera tudo bem? Hoje foi o primeiro dia de viagem e eu quis compartilhar com vocês o que aconteceu, como eu senti e qual foi a melhor parte do dia pra mim.

Em primeiro lugar, hoje nós fomos para o Museu de Imagem e Som (MIS) assistir um documentário que fala, em grande parte, das reações das pessoas diante de algum desconforto. Por exemplo, nos primeiros minutos, o documentário apresenta a construção de um túnel de trem comercial, ou seja, um trem que não será usado pela população e sim por produtos. Diante disso, as pessoas da cidade se manifestaram contra a construção do túnel, ja que seria criado e mantido a partir do dinheiro da população. Inclusive, essa parte foi a qual eu mais gostei, porque demonstra que a população pode e deve se manifestar se alguma coisa imposta pelo governo não lhes agrada.

Além disso, de certa forma essa parte se relaciona com nosso tema central: os trabalhadores invisíveis, que quanto maior a quantidade de pessoas a favor da manifestação, maior a chance de ser ouvida; os trabalhadores seriam os manifestantes, se são poucos, não serão notados, em caso contrário, já sabem né?

Bruno

O tanto esperado estudo do meio começou oficialmente hoje. Os alunos chegaram na escola de manhã e se dirigiram para determinadas salas conforme o número de cada grupo. Após ser anunciado pelos professores quem acompanharia cada grupo, os integrantes destes tiveram que discutir e chegar em um acordo de como eles chegariam no museu da imagem e do som (MIS), aparentemente, pelo pouco tempo que os alunos tinham para chegar no local da atividade, optaram por irem de ônibus.

Chegando lá, foi passado um filme para os alnos sobre as ações que cada um faz no dia a dia para melhorar com o planeta. Após o filme, houve uma discussão com o intuito de comentar a atividade. Depois de todos saírem do MIS, cada grupo teve que pensar como voltaria para a escola.

Chegando no colégio por volta da uma da tarde cada grupo fez uma reunião final para falar sobre a atividade. Desta maneira, o primeiro dia do estudo do meio foi concluído e agora esperamos pelos próximos dias. O que mais me marcou hoje, pelo fato de não andar de ônibus pela cidade, foi o aprendizado de descobrir qual ônibus é necessário pegar para chegar em determinado local.

O que é?

Nessa quarta-feira (17), os alunos da escola Móbile vão fazer um Estudo do Meio pela cidade de São Paulo, denominado Móbile na Metrópole (MNM). Essa viagem vai durar três dias, 17,18 e 19 de maio, já nós dividimos em oito grupos nos quais cada um vai fazer atividades diferentes pela cidade, alguns irão andar de bicicleta, outros vão para a zona leste, outros para zona norte, entre outros passeios. A princípio sairemos da escola umas 7 da manhã de transportes públicos já nos grupos para cumprir as atividades. Ficaremos hospedados em um novo hotel comparado aos anos anteriores chamado Novotel que fica no centro da cidade.

Como somos mais de 160 alunos, faremos um teste nessa terça feira (16), que é um treinamento para o estudo do meio: após chegarmos na escola, sairemos nos grupos já decididos em sala de aula e vamos assistir a um documentário no Museu da Imaginarem e do Som (MIS). O tema do documentário os alunos não estão sabendo e apenas saberão na terça feira. Sairemos da escola de transporte público simulando como seria nos dias de Estudo do Meio.

No MNM, os alunos serão acompanhados por 8 professores, ou seja, um professor para cada grupo de aproximadamente 20 alunos com a ajuda de alguns acompanhantes da agência de turismo (UGGI). Após os três dias de trabalho, na tarde da último dia, os professores organizaram uma surpresa para os alunos que só será revelada depois do almoço do desse dia. Finalizando a atividade, os alunos retornarão à escola por volta das 19 horas nos respectivos grupos.

Expectativas do grupo

Acreditamos que, com essa viagem, acrescentaremos muito nosso repertório sobre a cidade, o que mudará nossa visão em vários aspectos. Nos apresentaram os roteiros de maneira rápida e superficial, porém, mesmo assim achamos todos diferentes em relação aos programas que normalmente fazemos na cidade, o que nos deixou surpresos e empolgados para essa nova aventura.

Nosso grupo visitará lugares que não conhecemos: como o Bom Retiro, São Mateus, Pinheiros, o centro de SP, entre muitos outros bairros; que praticamente nunca fomos. Neles, esperamos ver culturas, pessoas e comidas diferentes do que vemos no nosso cotidiano. Além disso, para nos locomovermos pela cidade utilizaremos somente transporte público e bicicletas, o que não é muito presente em nossa rotina, já que nela usamos majoritariamente o carro. Dessa forma, vamos experienciar uma outra visão do trânsito de SP, na maioria das vezes vivida cotidianamente pelos trabalhadores, o que se relaciona diretamente com o nosso subtema.

Então, estamos contando os dias para a viagem, pois queremos vivenciar essas atividades que são novidades para nós, mas que fazem parte da realidade de grande parte da população. Esperamos que esses 3 dias influênciem em nosso projeto, nos ajudando a ver a perspectiva dos trabalhadores (invisíveis), a coletar depoimentos dessas pessoas e imagens interessantes da cidade para o nosso mini documentário, que faremos ao final do projeto.

#FALTAM2DIAS  #MNM17 #VEM